06/01/2017 - G1
Secretário lamenta, diz que não teve outra opção e promete lutar para não ter que recorrer a ela novamente.
Por Roney Domingos e Márcio Pinho, G1 São Paulo
Prefeitura faz contratos emergenciais com empresas de ônibus (Foto: Reprodução/ TV Globo)
A Prefeitura de São Paulo realiza nesta semana a contratação emergencial das empresas de ônibus que operam o transporte coletivo na cidade. Os contratos emergenciais são necessários diante da falta de licitação do sistema de transportes coletivos da cidade. A última licitação na cidade foi feita em 2002, na gestão Marta Suplicy. A gestão Haddad tentou desde o primeiro ano, mas não conseguiu concluir a licitação do sistema.
O secretário municipal de transportes e mobilidade da gestão João Doria (PSDB), Sérgio Avelleda, lamentou ter que apelar a contratos emergenciais, mas disse que não tinha outra opção.
"O sistema atual está mantido. Eu tenho três dias de gestão. Se eu não assino esses contratos, não tinha ônibus na cidade. Não gosto de fazer contrato emergencial. Na minha vida como administrador público nunca na minha vida assinei um contrato emergencial, mas não tinha opção ante à inexistência de licitação, mas vamos lutar para não ter mais nenhum emergencial e ter uma licitação o quanto antes", afirmou.
Avelleda não tem expectativa de quando deverá ser lançada a nova licitação. "Vamos fazer uma revisão. Temos pressa, mas com muito cuidado. Estamos definindo o futuro da cidade e vamos fazer com muito cuidado essa revisão do edital que foi lançado."
A atual gestão ainda não sabe o que poderá aproveitar do edital lançado pela gestão Haddad. Avelleda afirma, porém, que os novos ônibus que forem entrando no sistema precisarão ter wi-fi e ar-condicionado.
A gestão Haddad estimou que o novo serviço teria 14% mais lugares do que a atual frota - um aumento de 996 mil para 1,1 milhão.
Veja outras mudanças previstas no sistema de ônibus de acordo com o edital de licitação lançado em 2015.
Wi-Fi e ar-condicionado
Todos os ônibus terão que ter Wi-Fi e ar-condicionado.
Viagens
A Prefeitura previu aumentar a oferta de viagens em 17% e o número de assentos disponíveis em 14%.
Garagens
As atuais garagens usadas pelas empresas de ônibus serão desapropriadas
Opinião do usuário
A opinião do usuário deverá ser considerada na remuneração das empresas. Ela vai ser considerada ao lado de quesitos como passageiros transportados; cumprimento regular das viagens e disponibilidade da frota. As ganhadoras da licitação serão aquelas que ofereceram valores mais atrativos pela realização do serviço.
Remuneração das empresas
A Prefeitura de São Paulo prevê gastar R$ 7 bilhões por ano com o serviço. A previsão é que a taxa interna de retorno das empresas em relação ao investimento feito seja de 9,97%, menor que os 15% do atual contrato.
Centro de controle
Tudo será controlado eletronicamente por dispositivos instalados nos ônibus e por um centro de controle (CCO) a ser construído pelas empresas.
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