Reforma de trecho do Corredor Inajar de Souza é concluída pela prefeitura de São Paulo

03/02/2016 - Blog Ponto de ônibus 

ADAMO BAZANI

A Prefeitura de São Paulo entrega nesta quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016, a reforma do trecho do corredor de ônibus Inajar de Souza – Centro.

O espaço que faz parte da meta de 150 quilômetros de corredores anunciada ainda pelo então candidato à prefeitura, Fernando Haddad, na campanha de 2012, tem 14,6 quilômetros de extensão entre o Terminal Vila Nova Cachoeirinha e o centro da cidade, até a Praça do Correio. O trajeto engloba as avenidas Inajar de Souza, Marquês de São Vicente, Rudge e Rio Branco.

De acordo com a prefeitura, 201 mil passageiros devem passar pela nova estrutura todos os dias. O espaço deve receber 30 linhas de ônibus municipais.

O trecho faz parte dos 32 quilômetros de corredores de ônibus que a prefeitura prometeu entregar até o final de fevereiro. A reforma do Corredor Inajar de Souza era pra ser entregue em janeiro, mas o prazo não é considerado um atraso considerável já que fevereiro ainda está no início.

Os corredores dentro desta estimativa são:

– Avenida Engenheiro Luís Carlos Berrini, com 3,3 quilômetros de extensão e que custou R$ 45 milhões com recursos do PAC – Concluído

– Corredor de ônibus Inajar de Souza, zona Norte, em janeiro (concluído no início de fevereiro)

– Corredor de ônibus da M’Boi Mirim, na zona Sul, em janeiro (em execução)

– Binário Santo Antônio, zona Sul,em fevereiro. (em execução)

Somando esses corredores, São Paulo passa ter 63,3 quilômetros em obras. Os 32 quilômetros prometidos para os próximos dois meses representam menos de um terço da meta de 173,4 quilômetros apresentada no primeiro trimestre da gestão de Fernando Haddad, que contemplariam 23 corredores exclusivos para ônibus. A meta é maior ainda que os 150 quilômetros prometidos na campanha eleitoral de Haddad.

A prefeitura diz que problemas financeiros principalmente relacionados ao ritmo lento de liberação de verbas do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento, devido à crise econômica, impedem o avanço das obras.

A administração municipal também atribui à postura do TCM – Tribunal de Contas do Município, que tem barrado as licitações das obras. O tribunal de contas diz que há uma série de irregularidades, como sobrepreço e erros nos projetos. Já nos bastidores, a prefeitura diz que parte dessas decisões é política, principalmente por parte do conselheiro Edson Simões, considerado opositor de Fernando Haddad. O TCU – Tribunal de Contas da União também recomendou a paralisação de algumas obras por suspeitas de sobrepreço.

Para tentar diminuir a interferência do conselheiro Edson Simões, a prefeitura de São Paulo fez a seguinte manobra: transferiu as obras que eram de responsabilidade da SPTrans, cujos editais seriam analisados por Simões, para a Siurb, que tem análise de outro conselheiro, mesmo assim os projetos continuaram sendo barrados.

Adamo Bazani, jornalista especializado em transportes

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