03/05/2015 - Diário de Sorocaba
A fase de implantação é o principal empecilho para que o sistema Bus Rapid Transit (BRT) – Ônibus Rápido - comece a funcionar em Sorocaba, justifica o presidente da Urbes-Trânsito e Transportes, Renato Gianolla. Ele adianta que, durante as obras, o trânsito ao longo dos corredores e regiões adjacentes sofrerá transtornos. Para a viabilização do projeto, o Município teve financiamento de aproximadamente R$ 133,9 milhões do governo federal, por meio do programa Pró-Transporte – Mobilidade Médias Cidades, do Ministério das Cidades, obtidos por seleção do Programa de Aceleração do Crescimento.
Para a implantação do BRT, estão previstas desapropriação de imóveis em uma quadra da Avenida São Paulo, onde há um estrangulamento da via, e de três áreas específicas para a implantação dos terminais periféricos nas pontas dos corredores exclusivos norte, nas avenidas Itavuvu e Ipanema, e oeste, na Dr. Armando Pannunzio. De acordo com Gianolla, essas áreas já estão com decretos de desapropriação publicados e serão pagos pela empresa concessionária que vier a vencer a licitação para implantar e operar os corredores do BRT.
A implantação do BRT é um dos pontos do Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade da cidade, que tem como prioridade o transporte não motorizado e coletivo. "Com relação ao transporte coletivo, a principal medida é a implantação do BRT nos corredores norte/sul e leste/oeste no município, que visa dotar a cidade com mais eficiência e modernidade", frisa Gianolla. Ele adianta que outro objetivo é a minimização do tempo de deslocamento para todos dos usuários, com sistema eficiente. Assim, diante do grande afluxo de veículos em Sorocaba, para que a meta possa ser alcançada, será preciso a proibição de estacionamento nos corredores onde serão implantados o sistema, com faixas preferenciais.
O presidente da empresa pública explica que o plano ainda precisa ser aprovado pela Câmara de Sorocaba para que as questões financeiras e mudanças de comportamento da população, relacionadas ao projeto, sejam debatidas. Ele frisa, ainda, que o documento já foi revisado e aprovado e o financiamento do governo federal, aprovado. O documento é uma das obrigações para que municípios, com mais de 20 mil habitantes, não sejam impedidos de receber verbas federais destinadas à mobilidade urbana. O plano prevê medidas e obras a curto, médio e longo prazos, ou seja, quatro, oito e 15 anos, respectivamente, que, segundo Gianolla, usará de financiamentos federais e internacionais e de recursos estadual e municipal.
CALÇADAS – Conforme as prioridades elencadas no Plano Diretor de Transporte Urbano e Mobilidade, a requalificação e alargamento das calçadas devem ocorrer em fases de acordo com os trechos de maiores afluxos de pedestres. O documento deixa claro que a maioria das calçadas na cidade precisa ser requalificada, e a manutenção vai priorizar a região central e, no futuro, trechos críticos dos corredores de BRT, centros de bairros, áreas escolares e postos de saúde. Os pontos com altas taxas de acidentes envolvendo pedestres também está na lista. Para isso, estacionamentos nas vias onde há necessidade de alargamentos serão retirados.
ESTACIONAMENTOS – Gianolla enfatiza que outra medida é o gerenciamento do estacionamento de veículos particulares, principalmente no Centro e nos corredores do BRT. Ele afirma que a ideia também implanta o "Park and Ride", que oferece bolsões junto aos terminais e estações de transferências.
NOVA RODOVIÁRIA – Há planos para a construção de um novo terminal rodoviário em 2020 e, de acordo com estudos, a unidade ficaria na região do bairro Brigadeiro Tobias. O presidente da Urbes explica que o processo conta somente com diretrizes e uma pesquisa funcional até o momento, definindo uma área junto à Rodovia Celso Charuri, a estrada Paulo Varchavtchik e a ferrovia para a implantação de um novo terminal intermodal, ou seja, uma rodoferroviária, que deverá ocorrer com os estudos da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) para a implantação do trem regional entre São Paulo e Sorocaba. "O local é ideal, pois está junto à ferrovia e às principais rodovias que cortam o município que, neste caso, são as Senador José Ermírio de Moraes (que dá acesso à Castelo Branco) e Raposo Tavares."
TARIFAS – O presidente da Urbes esclarece que a tarifa paga pelo usuário do transporte coletivo é independente da tarifa de remuneração paga aos concessionários do serviço do transporte coletivo. "Claro que todos esses investimentos no serviço do transporte coletivo aumentarão os recursos financeiros de subsídios dados ao transporte coletivo", ressalta.
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