Lançada licitação para estudo ambiental dos corredores do BRT de Campinas

18/04/2015 - Correio Popular - Campinas

A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) publicou nesta sexta-feira (17) edital para licitar, na modalidade tomada de preços, os relatórios ambientais para solicitação de licença de instalação para a implantação dos corredores de ônibus BRT Campo Grande, Ouro Verde e Interligação (Corredor Perimetral). Vencerá a licitação, que será aberta no dia 6 de maio, quem oferecer o menor preço.

O presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, disse que a empresa decidiu antecipar a contratação dos estudos ambientais para ganhar tempo, enquanto aguarda a aprovação do projeto básico dos corredores pela Caixa Econômica Federal (CEF). Assim que for aprovado — ele espera que isso ocorra até o final do mês — fará uma concorrência única para contratar a empresa que ficará responsáel pelo projeto executivo e as obras.

Cronograma

"Estamos antecipando tudo o que podemos, para poder garantir o início das obras no próximo ano", afirmou. O próximo estudo a ser contratado será o plano operacional do sistema de transporte dos corredores e das regiões que serão impactadas por eles, informou.

Os estudos ambientais serão contratados com verbas liberadas pela CEF no ano passado para o projeto básico. "Gastamos parte daquela verba, de R$ 9 milhões, no projeto. Uma parte vamos utilizar nos estudos de impacto ambiental", informou. A empresa que vencer a licitação terá um ano para entregar os estudos e relatórios.

Os corredores do BRT irão atender uma população de cerca de 300 mil pessoas que vive nos eixos Centro-Campo Grande e Centro-Ouro Verde.

Começo

A expectativa da Prefeitura era iniciar ainda este ano as obras, mas sucessivos atrasos com o projeto transferiram para 2015 o começo da construção. A implantação começará pelo corredor Campo Grande — serão 17,8 km de extensão saindo do Centro, seguindo pelo leito desativado do antigo VLT, John Boyd Dunlop e chegando ao Terminal Itajaí. Junto com ele, será construída uma perimetral com 4 km de extensão, ligando a Vila Aurocan até o Campos Elíseo, seguindo pelo leito desativado do veículo leve sobre trilhos (VLT).

Outro corredor, o Ouro Verde, terá 14,4 km de extensão, saindo do Terminal Central (Viaduto Miguel Vicente Cury), seguindo pela João Jorge, Amoreiras, Ruy Rodriguez, Camucim e Terminal Vida Nova. O projeto contempla, além de uma pista exclusiva para os ônibus, estações de transferência fechadas e plataformas em nível, com embarque e desembarque pela porta esquerda do veículo.

Custo previsto

Dos R$ 340 milhões necessários à implantação do maior projeto de mobilidade da cidade, R$ 197 milhões virão do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), R$ 98 milhões do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 45 milhões de contrapartida da Prefeitura.

A Emdec está estudando alternativas para o BRT chegar ao Centro porque desistiu de levar os ônibus articulados e biarticulados para o Terminal Magalhães Teixeira, que funciona dentro do Viaduto Cury. A equipe técnica estuda dois novos locais, a Avenida Campos Salles e a região do Mercado Municipal, para receber as estações de transferências dos ônibus rápidos que farão a ligação do Centro com as regiões do Campo Grande e do Ouro Verde.

A Secretaria de Transportes fez as contas e conclui que precisaria investir mais de R$ 100 milhões na remodelação do terminal para que o local pudesse receber ônibus articulados ou biarticulados. O alto custo levou a secretaria a optar por deixar esse terminal para os ônibus que irão alimentar as linhas dos BRTs.