Sindicatos e movimentos criticam mudanças no transporte de São Paulo, diz Folha

04/02/2015 - Folha de SP

Fortes reações de sindicatos e movimentos sociais... Foi assim que a Folha de SP descreveu a reação ao anúncio feito pelo prefeito de SP de estatizar as garagens de ônibus e diminuir o número de veículos.

Segundo a Folha, a proposta da prefeitura "é desapropriar as garagens para entregá-las a vencedores de uma licitação, a fim de ampliar a concorrência e reduzir os custos".

Para o sindicato dos motoristas a ideia não é boa. Ouvido pela reportagem o secretário de finanças do sindicato dos motoristas de ônibus, Edvaldo Santiago da Silva, prometeu protestos caso as medidas se concretizem. Seu receio: "Se outras empresas ganharem a licitação, vão nos demitir para contratar outras pessoas", afirma.

Assim como o sindicato, o MPL também manifestou-se contra, mas por outro motivo: com a nova licitação prevendo a diminuição em 27% da frota circulante isso só irá favorecer os empresários. "Enquanto eles cortam custos, os passageiros esperam mais no ponto", disse Heudes Cássio da Silva Oliveira, representante do Movimento.

A Folha também ouviu Kim Kataguiri, coordenador do Movimento Brasil Livre,  para quem as mudanças não resolvem. "As empresas continuarão precisando de licitações públicas, ou seja, a concorrência continuará limitada pelo Estado, que é sinônimo de ineficiência", diz.

O presidente da SPUrbanuss (sindicato das empresas de ônibus), Francisco Christovam, vê como positivas as ações. Mas pondera: "Concordo com a decisão de estimular a competição entre os empresários. Só não pode prejudicar quem presta serviço desde a década de 1940".




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