Gestão Haddad vai alterar 1/3 das linhas de Ônibus

31/03/2013 - Via Trólebus, Caio Lobo

Como vocês já perceberam, várias linhas já tiveram seus itinerários alterados desde o início do ano. E parece que as mudanças só tendem a aumentar.

Para cumprir a meta de subir a velocidade dos ônibus nos corredores de 14 km/h para 25 km/h, a SPTrans irá mexer em boa parte das linhas dos corredores. (veja aqui)

A maioria dos ônibus que circulam pelos corredores usam poucas quadras e já saem da via exclusiva, o que atrapalha os demais e afeta na velocidade dos ônibus.

"São ônibus que entram no corredor, andam uma ou duas quadras e já saem, o que acaba interferindo no comportamento do corredor, tirando sua capacidade", afirma Maurício Lima, do quadro técnico da SPTrans.

Para Aílton Brasiliense Pires, presidente da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), o sistema atual, desenhado há uma década, está defasado.

"O patamar econômico não é o mesmo, e o número de usuários e de viagens cresceu muito. É preciso racionalizar a oferta de ônibus no corredor, para atender o usuário."

O consultor Horácio Figueira, mestre em transportes pela USP, diz que o entra e sai existe porque a cidade tem poucos corredores.

A intenção agora é só deixar ônibus que trafeguem por todo corredor e, para isso, será necessário alterar 1/3 das linhas da cidade.

"Foram colocando e hoje tem mais linhas nos corredores do que fora. Temos de cortar. É impossível operar assim", diz Ana Odila de Paiva Souza, diretora da SPTrans.

Segundo Jilmar Tatto, secretário municipal dos transportes, outras mudanças deve vir em breve com a nova licitação do sistema.

Mas todo esse plano depende da construção de mais corredores. A promessa do prefeito Fernando Haddad é construir mais 150 km nos 4 anos de mandato.

"Não vamos licitar linhas, é uma licitação do sistema. Vamos determinar um intervalo para os ônibus e as empresas terão que se organizar", afirma Tatto.

Outra novidade é a obrigatoriedade de rastreadores em todos os ônibus para facilitar na fiscalização.

Por Caio Lobo