08/11/2013 - Folha de SP / O Estado de SP
A presidente Dilma Rousseff fez ontem sua quarta viagem ao Estado de São Paulo para anúncios de investimentos em mobilidade urbana no segundo semestre. A visita segue a estratégia do Planalto após os protestos de junho, quando a petista prometeu R$ 50 bilhões para o setor.
Depois do auge das manifestações, a presidente intensificou viagens pelo país para anunciar verbas e entregar obras. Em São Paulo, governado desde 1995 pelo PSDB, ela priorizou eventos relacionados ao transporte público.
Ontem, Dilma anunciou R$ 769 milhões para a construção de corredores nas cidades de Guarulhos e Osasco. Ambas são geridas pelo PT.
O prefeito paulistano, Fernando Haddad (PT), alvo de críticas pela elevação das tarifas de transporte e pelo aumento do IPTU, dividiu o palanque com a presidente.
A petista já havia anunciado, em julho, recursos para corredores em São Paulo e, em agosto, para a região do ABC. No dia 25, ela liberou verbas federais para linhas e estações do metrô e da CPTM.
Nos eventos, adotou o discurso de que só nas gestões do PT o governo federal passou a investir em mobilidade.
O Estado de SP
Sem Alckmin, Dilma anuncia verba em SP
A presidente anunciou a liberação de R$ 774 milhões para obras de mobilidade urbana na cidade e em Osasco
Em um evento realizado nesta quinta-feira, 07, em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, sem a presença do governador Geraldo Alckmin (PSDB), a presidente Dilma Rousseff anunciou a liberação de R$ 774 milhões para obras de mobilidade urbana na cidade e em Osasco.
Os dois municípios são governados pelo PT. Único representante do governo estadual presente ao ato, o secretário de Planejamento, Júlio Semeghini, não pode fazer discurso e foi citado discretamente pelos oradores. As obras não contam com recursos do governo estadual.
Em sua fala, que durou 38 minutos, a presidente exaltou os investimentos de R$ 21 bilhões que o governo federal está fazendo no Estado de São Paulo, parte desse valor a fundo perdido. "Uma parte (dos R$ 21 bilhões) é do Orçamento Geral da união, dinheiro que é a fundo perdido. Outra parte é empréstimo", disse. "No Brasil não se tinha empréstimo adequado a obras desse porte, que dê tempo para retornar o investimento, com 30 anos para pagar, cinco de carência e juros subsidiados", completou. O evento foi dominado por políticos e prefeitos petistas, entre eles Fernando Haddad. Dilma liberou R$ 645 milhões para obras de mobilidade em Guarulhos, com corredores de ônibus e um trevo de acesso à Via Dutra, e outros R$ 129 milhões para Osasco.
Uma claque de médicos cubanos que vieram para trabalhar na cidade pelo programa Mais Médicos, que deve ser uma das vitrines da campanha do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ao governo paulista em 2014, participou da solenidade trajando jalecos brancos.
Manifestantes Durante o discurso de Dilma, um grupo de 30 manifestantes entrou em confronto com a polícia ambiental e a Polícia Militar de Guarulhos,Eles estavam em frente ao local do evento desde início da tarde.
O grupo gritava palavras de ordem contra a Copa do Mundo e picharam o muro de um imóvel em frente ao local, com as frases: "Todo apoio aos black blocs" e "Guarulhos também tem revolta popular". Um jovem foi detido e levado do local por um carro da Guarda Civil de Guarulhos para o 4º DP da cidade. De acordo com manifestantes, o menino tem 13 anos.
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