Projeto Ônibus a Hidrogênio da EMTU terá mais três veículos em testes

30/01/12 - EMTU

Novos ônibus não emitirão qualquer poluição, liberando no meio ambiente apenas vapor de água

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o consórcio que desenvolve o projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio, coordenado pela EMTU/SP, firmaram contrato para aquisição de mais três veículos, a um custo unitário de cerca de US$ 1 milhão. Assim como o protótipo que vinha sendo testado desde 2009, os novos ônibus não emitirão qualquer poluição, liberando no meio ambiente apenas vapor de água.

O prazo de entrega é de 15 meses, o que significa que os ônibus estarão em testes na Região Metropolitana de São Paulo durante o segundo semestre de 2013. A previsão é de que em 2014, ano da Copa do Mundo no Brasil, eles já sejam integrados à operação da frota intermunicipal gerenciada pelo Governo do Estado.

O consórcio, especificamente para a fabricação dos ônibus, é formado por empresas de diversos países. Coube a EMTU/SP a decisão sobre as especificações técnicas dos equipamentos e, futuramente, a empresa irá monitorar todos os testes que serão realizados nos veículos. O ônibus em funcionamento (protótipo) serviu para aperfeiçoamento destas especificações técnicas.

Os novos ônibus a hidrogênio terão um índice de nacionalização superior ao protótipo já testado. O destaque é o motor elétrico de tração, que passará a ser fabricado no Brasil. Continuam importados as células a hidrogênio, as baterias auxiliares de tração e os tanques de armazenamento de hidrogênio a bordo.

Os veículos serão fabricados com portas dos dois lados, podendo operar tanto pela porta direita como pela esquerda, no caso de corredores onde as operações de embarque e desembarque são realizadas nas plataformas centrais (por exemplo, a extensão Diadema - São Paulo do Corredor ABD).

História do projeto

Há 16 anos, a EMTU/SP, vinculada à Secretaria Estadual dos Transportes Metropolitanos, e o Ministério das Minas e Energia - MME iniciaram os estudos para o uso do hidrogênio como combustível em ônibus urbanos para o transporte coletivo na Grande São Paulo (RMSP). 

O PNUD entrou com o apoio financeiro do Global Environmental Facility (GEF); outros recursos são provenientes da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP), por intermédio do MME.  Para o desenvolvimento de todo o projeto foram destinados US$ 16 milhões.

Os ônibus em aquisição funcionarão  com o uso combinado entre célula a combustível hidrogênio e banco de baterias recarregáveis, com recuperação de energia. O sistema híbrido propicia mais economia de combustível e racionalização da energia gerada, pois é possível o reaproveitamento da energia de frenagem (regeneração) nas baterias de tração nos momentos em que o veículo aciona o freio.

Toda a tecnologia aplicada ao projeto é inovadora: a célula a combustível hidrogênio, o desenvolvimento de softwares de controle dos subsistemas do ônibus; e a produção de hidrogênio com a pureza necessária ao funcionamento das células.

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