22/07/2011 - CBN
A partir de 2014, quando devem estar concluídas as obras da segunda fase da Linha 4 Amarela do Metrô, a ViaQuatro, concessionária do sistema, vai operar ônibus articulados de grande capacidade. Os veículos devem integrar o município de Taboão das Serra ao sistema metroferroviário pela Estação Vila Sônia. O Governo do Estado já demonstrou interesse em prolongar a linha amarela do Metrô até Taboão, mas enquanto os trilhos não chegam à cidade da Grande São Paulo, os ônibus já vão permitir esse acesso. A ViaQuatro disse acreditar na integração de modais diferentes de transportes e vai acabar investindo em trilhos e pneus para esta ligação. NA FOTO, UM NEOBUS MEGA ARTICULADO DE CURITIBA, PRIMEIRO SISTEMA DE BRT DO MUNDO, APENAS ILUSTRATIVA. Foto: Adamo Bazani
ViaQuatro, operadora da linha 4 do Metrô de São Paulo, vai operar ônibus em 2014
Anúncio foi feito pela empresa e faz parte dos planos expansão dos serviços de mobilidade moderna para a Região Metropolitana de São Paulo
ADAMO BAZANI – CBN
A empresa concessionária da linha 4 do Metrô de São Paulo vai operar ônibus entre a estação Vila Sônia, na Capital Paulista, até o município de Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
Os veículos, do tipo articulado, serão comprados pela empresa que opera a linha amarela do metrô de São Paulo, que está em expansão.
A informação foi dada pelo diretor-presidente da ViaQuatro, Luiz Valença, ao Blog Ponto de Ônibus.
“O metrô vai deixar de servir apenas a cidade de São Paulo. Já há projetos para isso. O secretário dos transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciou que a intenção é levar os serviços da linha amarela do Metrô até a cidade de Taboão da Serra” – disse Luiz Valença.
Ainda não há uma previsão exata para a chegada dos trilhos até Taboão da Serra, o que não significa que a população da cidade e imediações não terão acesso à linha 4.
Os ônibus articulados, modernos, com maior espaço interno e conforto farão esta ligação até a expansão metroferroviária ser concluída.
A compra de ônibus pela ViaQuatro já está prevista em contrato.
A operação dos veículos está prevista para iniciar em 2014, quando será concluída a segunda fase das obras da linha 4 amarela.
A primeira etapa deve estar pronta já em setembro, segundo Luiz Valença.
“Esta primeira fase vai contemplar 6 estações. Quatro já estão prontas. As duas últimas serão essenciais para a distribuição da demanda no sistema, minimizando superlotações em linhas específicas, porque vão fazer conexão com linha 3 Vermelha pela Estação República e com a linha 1 Azul através da estação Luz” – explica o diretor presidente da ViaQuatro.
A segunda etapa, ele explicou, deve estar concluída em 2014. Serão mais 5 estações até Vila Sônia, de onde sairão os ônibus articulados da ViaQuatro.
Atualmente, a ViaQuatro, linha amarela, transporta 160 mil passageiros diários pelas quatro estações. Com a inauguração das duas que faltam até setembro, gradativamente, a demanda deve saltar para 750 mil pessoas.
Os serviços são operados por 14 trens que trazem várias inovações, como aos carros de passageiros não terem divisórias, o que possibilita maior capacidade e distribuição de passageiros na composição.
Quando a segunda fase estiver pronta, prevê Luiz Valença, a linha 4 deverá receber cerca de 1 milhão de passageiros por dia.
Esta demanda será atendida por 29 trens.
Para aumentar a oferta sem comprometer a segurança, a empresa diz investir em tecnologia. Dentre elas a CBTC – Communication Based Train Control- um sistema de sinalização que pode permitir menor distância entre os trens, portanto, aumento da oferta de composições e conseqüentemente dos lugares, o que deve minimizar as lotações.
“A vantagem da CBTC é que a distância entre os trens não é fixa. Ela é determinada pela velocidade dos trens. É como se fosse no carro. Quando na estrada você está em alta velocidade, a distância que você mantém do carro da frente é maior. Em menor velocidade, esta distância é reduzida. Só que no caso dessa tecnologia, tudo é automatizado e calculado” – explica Luz Valença.
Até mesmo as paradas nas plataformas e o alinhamento entre as portas do trem e as portas das plataformas são calculadas por tecnologias do setor ferroviário.
Apesar de a colocação em prática ser um sistema complexo, Luiz Valença explica que os princípios que calculam as paradas, a velocidade e os demais movimentos do trem são lógicos e de fácil compreensão.
“O trem sabe em questão de centímetros onde ele está. A roda do trem, que é de ferro, tem um diâmetro. A tecnologia permite calcular, pela razão entre reste diâmetro e as extensões da linha, quanto essa roda precisa girar no eixo para chegar a determinados pontos. Mas este cálculo é preciso e seguro.” – explicou o executivo que ainda disse que em situações especiais, o intervalo entre os trens da ViaQuatro, por conta desta tecnologia, pode ser de 75 segundos.
“Mas neste momento, não há necessidade de um intervalo tão curto” – explicou.
O BOM RELACIONAMENTO ENTRE OS TRENS E OS ÔNIBUS:
Luiz Valença disse que todos os modais são importantes num contexto de Região Metropolitana, onde a ligação entre as cidades é muito intensa e a movimentação entre elas também.
“Para a política e as administrações há limites entre municípios. Para os transportes não. E cada região deve ser atendida da forma que precisa, com os modais mais adequados e suficientes” – disse.
Assim, além de haver a necessidade de uma complementação entre os diferentes modos, a ViaQuatro vai além e investirá em diversos modais: no caso os trens coreanos do metrô da linha amarela e os ônibus articulados em 2014 para Taboão da Serra.
Luiz fala ainda que estações da linha 4 amarela terão integrações não apenas tarifárias mais físicas com os ônibus.
Serão as Estações Pinheiros, Morumbi e Vila Sônia, que terão terminais de ônibus integrados.
Assim, a ideia é oferecer todas as formas disponíveis de transporte público para auxiliar e agilizar o deslocamento da população e convencer as pessoas a deixar o carro em casa.
Quem mora um pouco mais afastado da linha, pode fazer o uso dos ônibus que abastecerão o metrô de passageiros. Na volta, o metrô traz as pessoas às estações, e elas serão distribuídas nos
locais onde moram.
“O Estado deve intervir para que não haja concorrência entre o ônibus, trem, metrô, VLT, monotrilho entre outros. Cada modo de transporte pode fazer sua parte, sendo bom para o operador do metrô, do trem, do ônibus e acima de tudo para o passageiro”
Quanto aos ônibus articulados que devem ser operados pela ViaQuatro, inicialmente, não há proposta de corredores e os veículos devem usar vias comuns. Ainda não há definição de carrocerias e chassis a serem escolhidos.
O Metrô do Rio de Janeiro já opera ônibus em duas linhas.
Ipanema – Gávea e Botafogo – Gávea.
Os veículos são alugados e fazem integração com o sistema, que também está em expansão.
Além da integração com os ônibus operados pelo Metrô do Rio de Janeiro, o sistema integra-se diretamente com 16 linhas de ônibus municipais e 4 intermunicipais.
O Rio de Janeiro optou pelo BRT – Bus Rapid Transit – corredores de ônibus modernos que priorizam o transporte público e aumentam a velocidade operacional dos veículos, com conforto e acessibilidade, para obras dentro do PAC da Mobilidade.
O metrô do Rio de Janeiro e a Supervia, operadora dos trens do Rio, se preparam para receber a demanda dos ônibus e se integrarem da melhor forma possível aos veículos, como nas estações da Barra e Vicente de Carvalho.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
A partir de 2014, quando devem estar concluídas as obras da segunda fase da Linha 4 Amarela do Metrô, a ViaQuatro, concessionária do sistema, vai operar ônibus articulados de grande capacidade. Os veículos devem integrar o município de Taboão das Serra ao sistema metroferroviário pela Estação Vila Sônia. O Governo do Estado já demonstrou interesse em prolongar a linha amarela do Metrô até Taboão, mas enquanto os trilhos não chegam à cidade da Grande São Paulo, os ônibus já vão permitir esse acesso. A ViaQuatro disse acreditar na integração de modais diferentes de transportes e vai acabar investindo em trilhos e pneus para esta ligação. NA FOTO, UM NEOBUS MEGA ARTICULADO DE CURITIBA, PRIMEIRO SISTEMA DE BRT DO MUNDO, APENAS ILUSTRATIVA. Foto: Adamo Bazani
ViaQuatro, operadora da linha 4 do Metrô de São Paulo, vai operar ônibus em 2014
Anúncio foi feito pela empresa e faz parte dos planos expansão dos serviços de mobilidade moderna para a Região Metropolitana de São Paulo
ADAMO BAZANI – CBN
A empresa concessionária da linha 4 do Metrô de São Paulo vai operar ônibus entre a estação Vila Sônia, na Capital Paulista, até o município de Taboão da Serra, na Grande São Paulo.
Os veículos, do tipo articulado, serão comprados pela empresa que opera a linha amarela do metrô de São Paulo, que está em expansão.
A informação foi dada pelo diretor-presidente da ViaQuatro, Luiz Valença, ao Blog Ponto de Ônibus.
“O metrô vai deixar de servir apenas a cidade de São Paulo. Já há projetos para isso. O secretário dos transportes metropolitanos, Jurandir Fernandes, anunciou que a intenção é levar os serviços da linha amarela do Metrô até a cidade de Taboão da Serra” – disse Luiz Valença.
Ainda não há uma previsão exata para a chegada dos trilhos até Taboão da Serra, o que não significa que a população da cidade e imediações não terão acesso à linha 4.
Os ônibus articulados, modernos, com maior espaço interno e conforto farão esta ligação até a expansão metroferroviária ser concluída.
A compra de ônibus pela ViaQuatro já está prevista em contrato.
A operação dos veículos está prevista para iniciar em 2014, quando será concluída a segunda fase das obras da linha 4 amarela.
A primeira etapa deve estar pronta já em setembro, segundo Luiz Valença.
“Esta primeira fase vai contemplar 6 estações. Quatro já estão prontas. As duas últimas serão essenciais para a distribuição da demanda no sistema, minimizando superlotações em linhas específicas, porque vão fazer conexão com linha 3 Vermelha pela Estação República e com a linha 1 Azul através da estação Luz” – explica o diretor presidente da ViaQuatro.
A segunda etapa, ele explicou, deve estar concluída em 2014. Serão mais 5 estações até Vila Sônia, de onde sairão os ônibus articulados da ViaQuatro.
Atualmente, a ViaQuatro, linha amarela, transporta 160 mil passageiros diários pelas quatro estações. Com a inauguração das duas que faltam até setembro, gradativamente, a demanda deve saltar para 750 mil pessoas.
Os serviços são operados por 14 trens que trazem várias inovações, como aos carros de passageiros não terem divisórias, o que possibilita maior capacidade e distribuição de passageiros na composição.
Quando a segunda fase estiver pronta, prevê Luiz Valença, a linha 4 deverá receber cerca de 1 milhão de passageiros por dia.
Esta demanda será atendida por 29 trens.
Para aumentar a oferta sem comprometer a segurança, a empresa diz investir em tecnologia. Dentre elas a CBTC – Communication Based Train Control- um sistema de sinalização que pode permitir menor distância entre os trens, portanto, aumento da oferta de composições e conseqüentemente dos lugares, o que deve minimizar as lotações.
“A vantagem da CBTC é que a distância entre os trens não é fixa. Ela é determinada pela velocidade dos trens. É como se fosse no carro. Quando na estrada você está em alta velocidade, a distância que você mantém do carro da frente é maior. Em menor velocidade, esta distância é reduzida. Só que no caso dessa tecnologia, tudo é automatizado e calculado” – explica Luz Valença.
Até mesmo as paradas nas plataformas e o alinhamento entre as portas do trem e as portas das plataformas são calculadas por tecnologias do setor ferroviário.
Apesar de a colocação em prática ser um sistema complexo, Luiz Valença explica que os princípios que calculam as paradas, a velocidade e os demais movimentos do trem são lógicos e de fácil compreensão.
“O trem sabe em questão de centímetros onde ele está. A roda do trem, que é de ferro, tem um diâmetro. A tecnologia permite calcular, pela razão entre reste diâmetro e as extensões da linha, quanto essa roda precisa girar no eixo para chegar a determinados pontos. Mas este cálculo é preciso e seguro.” – explicou o executivo que ainda disse que em situações especiais, o intervalo entre os trens da ViaQuatro, por conta desta tecnologia, pode ser de 75 segundos.
“Mas neste momento, não há necessidade de um intervalo tão curto” – explicou.
O BOM RELACIONAMENTO ENTRE OS TRENS E OS ÔNIBUS:
Luiz Valença disse que todos os modais são importantes num contexto de Região Metropolitana, onde a ligação entre as cidades é muito intensa e a movimentação entre elas também.
“Para a política e as administrações há limites entre municípios. Para os transportes não. E cada região deve ser atendida da forma que precisa, com os modais mais adequados e suficientes” – disse.
Assim, além de haver a necessidade de uma complementação entre os diferentes modos, a ViaQuatro vai além e investirá em diversos modais: no caso os trens coreanos do metrô da linha amarela e os ônibus articulados em 2014 para Taboão da Serra.
Luiz fala ainda que estações da linha 4 amarela terão integrações não apenas tarifárias mais físicas com os ônibus.
Serão as Estações Pinheiros, Morumbi e Vila Sônia, que terão terminais de ônibus integrados.
Assim, a ideia é oferecer todas as formas disponíveis de transporte público para auxiliar e agilizar o deslocamento da população e convencer as pessoas a deixar o carro em casa.
Quem mora um pouco mais afastado da linha, pode fazer o uso dos ônibus que abastecerão o metrô de passageiros. Na volta, o metrô traz as pessoas às estações, e elas serão distribuídas nos
locais onde moram.
“O Estado deve intervir para que não haja concorrência entre o ônibus, trem, metrô, VLT, monotrilho entre outros. Cada modo de transporte pode fazer sua parte, sendo bom para o operador do metrô, do trem, do ônibus e acima de tudo para o passageiro”
Quanto aos ônibus articulados que devem ser operados pela ViaQuatro, inicialmente, não há proposta de corredores e os veículos devem usar vias comuns. Ainda não há definição de carrocerias e chassis a serem escolhidos.
O Metrô do Rio de Janeiro já opera ônibus em duas linhas.
Ipanema – Gávea e Botafogo – Gávea.
Os veículos são alugados e fazem integração com o sistema, que também está em expansão.
Além da integração com os ônibus operados pelo Metrô do Rio de Janeiro, o sistema integra-se diretamente com 16 linhas de ônibus municipais e 4 intermunicipais.
O Rio de Janeiro optou pelo BRT – Bus Rapid Transit – corredores de ônibus modernos que priorizam o transporte público e aumentam a velocidade operacional dos veículos, com conforto e acessibilidade, para obras dentro do PAC da Mobilidade.
O metrô do Rio de Janeiro e a Supervia, operadora dos trens do Rio, se preparam para receber a demanda dos ônibus e se integrarem da melhor forma possível aos veículos, como nas estações da Barra e Vicente de Carvalho.
Adamo Bazani, jornalista da Rádio CBN, especializado em transportes.
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