Frota de Ônibus a Etanol

2011 - Site SP Trans

São Paulo será a primeira cidade brasileira a ter em sua frota veículos movidos a combustível totalmente renovável e não poluente. 

A iniciativa é resultado de parcerias promovidas pela Prefeitura de São Paulo e prevê que os 50 ônibus movidos a etanol estarão em circulação a partir de maio de 2011.

A frota de ônibus do sistema de transporte municipal de São Paulo terá 50 veículos movidos a etanol em circulação a partir de maio de 2011. A primeira frota a utilizar combustível totalmente renovável e não poluente do Brasil será viabilizada por meio de um protocolo de intenções assinado pela Prefeitura de São Paulo, Secretarias Municipais de Transportes e do Verde e Meio Ambiente, Scania, Cosan, Unica e Viação Metropolitana.

O etanol derivado da cana-de-açúcar é um combustível renovável, produzido em larga escala no território do Estado de São Paulo, com potencial de redução de 80% da emissão de gases do efeito estufa, quando comparado com os combustíveis fósseis, e que ainda tem relevante potencial para diminuir as emissões de material particulado, de óxidos de nitrogênio e de óxidos de enxofre em relação às emissões resultantes da combustão de óleo diesel.

Existem programas bem-sucedidos de substituição no transporte coletivo urbano de combustíveis derivados de petróleo por etanol, como a Suécia, cuja capital, Estocolmo, possui atualmente cerca de 30% da frota movida a etanol aditivado. São mais de 600 ônibus fabricados pela empresa matriz da Scania _ dezenas desses veículos operam há mais de 10 anos.

O programa está sendo possível graças à parceria entre a Prefeitura de São Paulo, a Secretaria Municipal de Transportes, a Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente, São Paulo Transportes (SPTrans), Unica (União da Agroindústria Canavieira do Estado de São Paulo), Cosan Combustíveis e Lubrificantes S/A, Scania Latin America, Viação Metropolitana. Por meio do protocolo de intenções serão viabilizados a fabricação, distribuição do combustível já aditivado e o gerenciamento da nova frota da capital, participando efetivamente da Política Municipal de Mudanças do Clima no Município de São Paulo, instituída pela Lei nº 14.933, de 5 de junho de 2009. Essa lei tem como uma de suas diretrizes “a promoção do uso de energias renováveis e substituição gradual dos combustíveis fósseis por outros com menor potencial de emissão de gases de efeito estufa”.

Testes em desenvolvimento na capital

A Secretaria Municipal de Transportes já investe em combustíveis alternativos ambientalmente mais corretos. Desde janeiro de 2009, os ônibus da capital estão operando com óleo diesel de S 50 (50 ppm de enxofre e com a adição de 5% de biodiesel). Esse combustível com baixo teor de enxofre apresenta ganhos ambientais significativos na comparação com o diesel utilizado anteriormente. Testa também um ônibus que utiliza uma mistura de diesel com um biodiesel extraído da cana-de-açúcar e um novo modelo híbrido, que utiliza eletricidade e diesel.

O teste com o ônibus movido a etanol começou em dezembro de 2009. O veículo já rodou aproximadamente 25 mil quilômetros nas ruas da cidade e transportou 85 mil passageiros. Não apresentou falhas e reduziu em mais de 80% as emissões de gases responsáveis pelo aquecimento global, em 90% a emissão de material particulado e 62% de NOx (óxidos de nitrogênio), além de não liberar enxofre. Além disso, a Secretaria Municipal de Transportes intensifica a renovação de 140 trólebus, dos 200 veículos elétricos em circulação na Capital.

A Secretaria Municipal de Transportes, por meio da SPTrans, está investindo também na renovação da frota paulistana. Dos cerca de 15 mil veículos da frota, 9.100 são novos , representando 60% da frota. Esses coletivos novos reduziram a emissão de monóxido de carbono (CO) , conforme taxas médias aferidas nos veículos. Os índices podem ser acompanhados em tempo real no Emissômetro, instrumento que permite o acompanhamento, segundo a segundo, dos ganhos ambientais obtidos com a redução da emissão de poluentes na atmosfera.

Todos os ônibus do transporte coletivo urbano da capital passam por vistorias semestrais para checagem da manutenção, conservação e a emissão de fumaça. Qualquer carro que for reprovado na vistoria fica impedido de circular até que o problema seja corrigido. Além dessa vistoria, todos os carros também passam pela Inspeção Veicular Ambiental.