A expansão do metrô deve provocar um esvaziamento dos corredores de ônibus Ibirapuera e Santo Amaro.
No primeiro, a redução da frota pode chegar à metade. No segundo, a quase 1/4.
A previsão é do estudo de impacto ambiental contratado pelo Metrô para a implantação do monotrilho da linha 17-ouro, que interligará a região do aeroporto de Congonhas a Jabaquara e Morumbi.
O principal impacto é previsto após a extensão da linha 5-lilás do metrô até a Vila Mariana e a Chácara Klabin, obra prevista para até 2014.
A proposta de redução do número de ônibus que circulam pelos corredores exclusivos se deve à sobreposição.
Walter Sergio de Faria, coordenador técnico do projeto de estudo de impacto da linha 17 contratado pelo Metrô, diz que manter a mesma quantidade de coletivos no entorno das futuras obras sobre trilhos seria desperdício.
"Não seria lógico. É tendência natural. Ônibus não pode ser concorrente", diz.
A SPTrans (órgão municipal que cuida do transporte coletivo) diz que irá aguardar a inauguração das estações para nortear mudanças.
A SPTrans diz que, na avenida Paulista, os ônibus foram mantidos mesmo depois da construção do metrô.
"Todas as linhas que destinam ao centro da cidade terão alterações de frequência, pois sobrepõem em parte ao futuro traçado da linha 5-lilás e prosseguem por áreas não atendidas por esta linha", diz um trecho do documento de impacto ambiental que se refere a Santo Amaro.
A reorganização das linhas de ônibus é prevista também para as imediações da linha 4-amarela, que teve seu trecho de Faria Lima a Paulista entregue neste ano.
A redução de coletivos nos corredores tende ainda a aumentar a pressão para a extinção das pistas exclusivas, devido à redução da demanda. A prefeitura não fala oficialmente na possibilidade.
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